O Inter acabou eliminado da Libertadores em jogo no qual dominou o Fluminense na maior parte do tempo. Em vantagem por um gol de Gabriel Mercado, na primeira etapa, o Colorado viu sua principal contratação, Enner Valencia, perder três chances claras no segundo tempo, quando o placar ainda estava em 1 a 0.
Colorado vencia por 1 a 0, mas levou dois gols do Fluminense na reta final do confronto
Internacional
O Internacional marcou primeiro com um gol de Marcado aos 10 minutos do primeiro tempo, mas o Fluminense conseguiu virar o placar com gols de John Kennedy aos 36 minutos do segundo tempo e Cano aos 43 minutos do segundo tempo.
Com esse resultado, o time carioca agora aguarda o vencedor do confronto que acontecerá na quinta-feira entre o Palmeiras e o Boca Juniors da Argentina para saber quem será seu adversário na grande final do torneio continental, que será realizada no Maracanã.
Lances da Partida
O jogo
Desde o início, o Inter deixou claro que queria aproveitar a atmosfera. Enquanto a arquibancada rugia, o time pressionava. No segundo minuto, Mallo cruzou da direita e a bola passou por toda a área pequena, sem encontrar nem sequer um pezinho que a colocasse na rede.
A primeira conclusão foi do Fluminense. E de quem mais tem fome de fazer gol. Da intermediária, Cano arriscou. Rochet defendeu em dois tempos. A resposta colorada quase encontrou as redes. Em ataque que começou pela direita, a bola chegou a Alan Patrick, que ajeitou para Wanderson, que entrou na área e bateu. Fábio espalmou para escanteio.
A cobrança foi aos nove minutos. Wanderson jogou no segundo pau, o goleiro saiu e foi atrapalhado pelos companheiros e pelas próprias pernas, caindo na área. Mercado, sozinho, apenas escorou de cabeça para o gol. Inter 1 a 0. Na comemoração, foram acesos sinalizadores nas arquibancadas, repetindo uma cena que já ocorrera no Maracanã.
Aos 14, o Inter esteve muito perto de ampliar. Johnny recuperou a bola no meio-campo e entregou para Alan Patrick. Com um leve toque, ele abriu um latifúndio na faixa central, tocando para Wanderson. Mauricio entrava em velocidade. O passe foi na medida, e o camisa 27 entrou na área, ajeitou para o pé esquerdo e bateu, mas o chute não saiu como esperado e Fábio defendeu
O cenário da partida estava claro. O Flu, como sempre, tentava controlar com a posse. O Inter respondia com verticalidade. A cada roubada de bola, parava na frente do goleiro. Aos 21, Alan Patrick conduziu pelo meio e arriscou de fora da área, de pé esquerdo, para fora.
Outra característica do jogo ficou nítida aos 35. Apertado na saída de bola, Fábio tentou manter o estilo de passes curtos. Driblou Alan Patrick, mas acossado por Mauricio, chutou a bola em cima de um companheiro. O Inter pediu mão, mas a arbitragem mandou seguir
2°tempo
A segunda etapa começou diferente da primeira. As alterações de Diniz deram liberdade a Marcelo e John Kennedy dava a profundidade que o ataque precisava. O controle estava com os visitantes. Mais do que isso, com Marcelo. Nos 10 primeiros minutos, isso se transformou em uma finalização, de Cano, sem perigo.
Aos 22, o contragolpe que o Inter esperava apareceu. Bola recuperada na defesa, passe de Alan Patrick para Valencia. A arrancada do centroavante foi do meio do campo até a área. Na hora da conclusão, Nino mostrou sua qualidade, deu um carrinho perfeito e impediu o chute. Valencia, aliás, deixou de matar o jogo aos 25. Uma falta que ele mesmo sofreu foi erguida por Alan Patrick na marca do pênalti, onde ele estava, absolutamente sozinho, e desperdiçou sabe-se lá como.
Coudet
Coudet mexeu na equipe pela primeira vez aos 28. Foram duas trocas: Mauricio por De Pena e Aránguiz por Bruno Henrique. Aos 32, Valencia teve a segunda chance nítida. De Pena roubou a bola de Marcelo e lançou o centroavante. Ele ganhou na velocidade da defesa e, cara a cara com Fábio, chutou rasteiro para fora.
O preço que costuma ser pago para quem perde tantas chances em uma semifinal é alto. E o Inter descobriu isso da pior forma possível. Eram 35 minutos. O passe de Keno teve um corta-luz perfeito de Marcelo e chegou a Cano. Ele deu o tempo certo e encontrou John Kennedy. Na frente de Rochet, ele deu um leve toque, encobriu o goleiro, Renê não cortou e a bola entrou. Após revisão, o gol foi confirmado, 1 a 1.
O empate se transformou em virada aos 41 minutos. O Fluminense atacou pela direita, González cruzou para o meio, a bola passou por John Kennedy e Cano não perdeu: 2 a 1. Uma virada para derrubar o Beira-Rio.
No desespero, Coudet colocou Lucca e Luiz Adriano, tirando Wanderson e Johnny. Não havia mais tempo. O Beira-Rio foi do delírio à tragédia em seis minutos. E foi-se o sonho da Libertadores