O Inter de Mano Menezes era conhecido por sua capacidade de não ser derrotado, mesmo quando jogava mal, conseguindo ao menos empatar as partidas.
No entanto, na quarta rodada do Brasileirão, em seu segundo jogo fora de casa, o time sofreu sua primeira derrota. Jogando no Morumbi, levou dois gols do São Paulo e ficou com sete pontos, fora do G-6 da competição.
Apesar de ter havido um cansaço nos jogadores após a partida contra o Nacional, Mano Menezes decidiu mandar a força máxima para o jogo no Morumbi, preservando apenas aqueles que estavam lesionados, como Johnny e Alemão, que nem sequer viajaram.
A única mudança no time titular em relação à equipe que jogou na quarta-feira (3) foi a entrada de Luiz Adriano como centroavante. Já no São Paulo, Calleri, que havia se recuperado de dengue, começou a partida no banco
O Jogo
Os primeiros 15 minutos de jogo tiiveram o Inter no controle da posse de bola. Com trocas de passes e tentando envolver o São Paulo, a equipe gaúcha conseguia avançar até a intermediária, mas pecava nos passes finais. Os paulistas chegaram apenas duas vezes em cobranças de falta, mas nenhuma com conclusão.
Com esse cenário, a única oportunidade que ocorreu até os 25 foi em uma esperteza de Mauricio. Ele aproveitou uma bobeada do zagueiro e recuperou a bola na linha de fundo. Luiz Adriano pegou a sobra e rolou para trás. Alan Patrick chegou batendo, mas, incrivelmente, deu uma furada totalmente fora de sua característica.
Aos 30, no primeiro ataque de verdade do São Paulo, Marcos Paulo recebeu na área e adiantou demais. Ainda assim, conseguiu evitar a saída da bola e jogou para trás. Igor Gomes chegava na cobertura e levou uma bolada no braço, aberto. Pênalti. Luciano cobrou, Keiller defendeu e o próprio Luciano pegou o rebote para abrir o placar: São Paulo 1 a 0.
O Inter até tentou empatar ainda no primeiro tempo, mas não teve força nem encontrou espaço para isso. A única conclusão foi de fora da área, com Campanharo, sem perigo e para uma defesa tranquila de Rafael.
— Temos de voltar com a mentalidade lá em cima no segundo tempo. Sei que o cansaço pega nessa hora, mas precisamos deixar de lado e voltar bem — declarou Wanderson no intervalo.
2° tempo
O Inter voltou para a segunda etapa com duas trocas. Saíram Igor Gomes e Campanharo, entraram Bustos e Baralhas. Mas foi o São Paulo quem iniciou atacando. No segundo minuto, uma saída de bola errada da defesa colorada, em chutão, virou ataque para o adversário. Marcos Paulo bateu cruzado e Keiller espalmou para escanteio.
Os donos da casa continuaram melhores e estiveram perto de ampliar aos 10. Caio Paulista recebeu livre de marcação pela esquerda e cruzou rasteiro. A bola cruzou a frente da área e Marcos Paulo só não chegou porque Mercado fechou o espaço.
Sem reação do Inter, Mano mexeu na equipe novamente. Aos 13, colocou Pedro Henrique no lugar de Mauricio.
Levou 17 minutos para o Inter, enfim, ter uma conclusão. Ainda que tenha sido travada pela defesa. Alan Patrick cruzou para a área, Vitão ajeitou de cabeça e Luiz Adriano bateu forte. Beraldo atirou-se na frente da bola e impediu o gol.
Aos 23, Mano fez a quarta troca no time: no lugar de Luiz Adriano para tentar dar nova vida ao ataque. Segundos depois, a tarefa do guri ficou ainda mais difícil. Era um lateral para o São Paulo, cobrado para Calleri. O centroavante ajeitou para Pablo Maia bater, da entrada da área, por cobertura, longe do alcance de Keiller: 2 a 0.
Depois da desvantagem, o Inter subiu a pressão. Aos 30, o goleiro do São Paulo fez sua primeira defesa. Bustos arriscou da intermediária, Rafael espalmou.
Aos 36, a melhor oportunidade colorada. De Pena cobrou escanteio, Pedro Henrique dividiu com o goleiro, e a bola ficou viva. Mercado não alcançou para completar. Lucca ainda apanhou a sobra, mas Beraldo salvou. Três minutos depois, o São Paulo perdeu um gol feito. Nestor foi lançado às costas da defesa, entrou na área e deu a bola de presente,já sem goleiro para Wellington Rato. Inacreditavelmente, ele perdeu.
Sem criatividade a mais na base do desespero, o Inter até tentou reduzir a distância do placar. Nada feito. Após duas rodadas, o aproveitamento de visitante vai complicando o começo de Brasileirão. Especialmente quando o time que pouco perde leva 2 a 0.